De acordo com o último levantamento realizado pelo Sebrae, a falta de planejamento financeiro é o principal motivo da mortalidade das micro, pequenas e médias empresas brasileiras. 23% desses negócios encerram suas atividades por fatores relacionados à administração de capital de giro (o número chega a 29% entre microempreendedores individuais).
Parte essencial da trajetória empreendedora, tanto quanto o plano de negócios, a gestão do fluxo de caixa se mostra ainda mais importante durante períodos de turbulência econômica. Na opinião de Lúcia Amélia Gomes, consultora de negócios do SEBRAE-SP, a estratégia financeira já deve estar presente na fase de levantamento de custos.
Embora a necessidade de capital de giro seja diferente para cada tipo de negócio, Lúcia recomenda que a reserva seja suficiente para bancar os custos de pelo menos três meses de operação, sendo, no cenário ideal, seis meses.
Para calcular o volume mensal, deve-se levar em conta os chamados custos fixos básicos, como remuneração de equipe, aluguel (ou hospedagem de site), estoque, água, luz, gás e contratos com fornecedores, além do pagamento de taxas e impostos.
A separação entre as despesas pessoais e o caixa da empresa é outro fator crucial para manter as finanças organizadas. A abertura de contas bancárias diferentes e a definição de uma remuneração fixa para os sócios, chamada de pró-labore, pode ser uma maneira eficiente de fazer essa divisão.
Fonte: Portal Pequenas Empresas & Grandes Negócios