A cultura organizacional representa a filosofia de trabalho adotada por uma empresa, ditando costumes, formatos de atuação, sistemas operacionais, entre outros elementos que compõem o dia a dia de empresas de portes e segmentos variados. Dada sua relevância, como uma estrutura de sustentação para que os processos caminhem, é preciso garantir que, culturalmente, os profissionais estejam respaldados por um ambiente de atualização contínua. Sem dúvidas, a gestão de projetos pode contribuir nesse sentido, identificando pontos de melhoria e atribuindo uma linguagem compatível com a presença de novas tecnologias.
Por se tratar de uma mudança cultural bastante complexa, que demanda tempo e a participação de todos os colaboradores envolvidos, deve-se visualizar o tema com a devida seriedade, sempre partindo do princípio de que nenhuma realidade corporativa é similar à outra, e aspectos circunstanciais também não estão fora dessa equação. De todo modo, o que se mostra concreto dentro desse contexto é a importância de um gerenciamento de projetos que fale a mesma língua dos profissionais, a fim de suprir as principais necessidades apresentadas pela companhia.
O que uma cultura organizacional desalinhada pode provocar?
Em um espaço empresarial com pouca harmonia entre os departamentos e lideranças dispersas, o cenário para a execução de projetos fica extremamente fragilizado. Sem caminhos definidos, aumentam-se as chances de gargalos surgirem, além de falhas que, mesmo pequenas, podem culminar em um conjunto de situações problemáticas capazes de sufocar a equipe. Hoje, o nível esperado de competitividade e desempenho por parte das empresas se encontra nas alturas, e o primeiro passo para conquistar esse patamar de produtividade é investir em uma cultura organizacional efetiva, segura e encabeçada por líderes realmente engajados.
Por possuir uma perspectiva macro sobre o negócio, o gestor de projetos pode apontar mecanismos que possibilitem um maior amadurecimento de ideias que deixem o campo teórico e se convertam em práticas atuais. Em uma simbiose bem-vinda, no fim, uma cultura organizacional consolidada beneficiará a execução de projetos, impactando, positivamente, tópicos relacionados a prazos, escopos orçamentários, assim como os ganhos de eficiência e agilidade processual.
Dinamismo, resiliência e a normalização da tecnologia
Diante a transformação digital como realidade no meio corporativo brasileiro, a tendência é de que cada vez mais a tecnologia seja um componente crucial para a introdução de metodologias inovadoras no cotidiano operacional. De certo, isso traz novos elementos para o debate. Como normalizar a inovação de modo que a mesma esteja ao alcance do colaborador? É preciso torná-la parte da governança em sua totalidade, no intuito de que permaneça integrada à atuação como um agente simplificador.
Olhando para o presente e também o futuro, é possível afirmar que o dinamismo é um requisito obrigatório para companhias que desejam acompanhar a evolução do mercado, em prol de mais flexibilidade para enfrentar adversidades que não deixarão de surgir. Ser disruptivo é uma meta compartilhada por muitos, mas que exige a união entre o uso otimizado de soluções tecnológicas e um ambiente cultural preparado para recebê-las.
Encerrando o artigo, volto a enfatizar que a gestão de projetos tem plenas condições de contribuir para a normalização da tecnologia na rotina de operações, de forma que todos estejam falando a mesma língua, em uma sinergia que só tende a potencializar o protagonismo dos profissionais. O resultado é uma cultura organizacional capaz de absorver projetos transformadores e superar desafios dos mais diversos níveis de complexidade.
Fonte: Portal SEGS / Por Ana Luiza Milan, psicóloga, com especialização em Administração de Recursos Humanos.