A Nova Economia é um conceito norte-americano que foi destacado pela primeira vez pela revista Time no ano de 1983. Nesta publicação, o jornalista Charles Alexander chama atenção para o sofrimento das indústrias tradicionais ao perder espaço para a concorrência estrangeira e para as empresas de tecnologia. O motivo desta reviravolta? Empresas focadas em inovação e transformação digital.
E não se trata somente de tecnologia em si, mas da transformação das relações entre empresas, marcas e consumidores, que vão muito além das automatizações e sistemas. O consumidor ganha o poder de escolha e passa a ser o centro das decisões. Este público é exigente, pede por agilidade, opções de canais de compras, de formas de entrega e pagamento e é ele quem dita o ritmo da transformação.
Cabe então às empresas se adaptarem rapidamente sob o risco de perderem mercado para as companhias mais ágeis e flexíveis. E neste contexto é fundamental que os profissionais de contabilidade e controladoria também se adaptem a esta nova realidade. Não existem dúvidas sobre a importância de seguir com rigor as regras dos órgãos regulatórios. Normas, políticas e procedimentos são à base de uma controladoria efetiva. Sabemos também que uma boa governança gera impactos positivos, tanto do ponto de vista de imagem e credibilidade quanto financeiro.
E aí, como manter todo este ambiente de transformação e inovação sem perder qualidade na governança e na propriedade técnica que é parte inerente da vida dos profissionais de controladoria?
Com equilíbrio, coerência e foco no que é importante!
Um exemplo simples é que há poucos anos, era uma exigência comum das auditorias que todas os controles estivessem fisicamente assinados pelos responsáveis como prova de revisão. Imagina se naquela pilha de relatórios de conciliação de saldos, passasse uma página sem assinatura? Falha de controle interno, na certa!
Hoje, independentemente da versão da assinatura impressa ou eletrônica, ela já não é considerada como uma demonstração de que o controle foi revisado. Atualmente, as famosas Big Four estão mais interessadas em entender o que de fato as empresas estão fazendo, para além de um papel assinado. As adequações deste tipo estão em várias rotinas da contabilidade e da controladoria, que antes eram focadas em documentar seus controles e progressivamente revertem o foco para a realização de controles mais efetivos, que sirvam também ao negócio, evitando-se assim burocracias desnecessárias.
Fonte: Portal Acionista.com.br / Por Jaqueline Nogueira de Almeida